segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Esperei toda uma vida!





Já nem sei mais quanto tempo!
Mas... O que esperei?

Faço imaginários gestos... Tenho asas... Sem penas...
Sou rosa despetalada... Sou rio sem correnteza...
Onde escorrem minhas lágrimas e a minha tristeza...

O que esperei?Talvez numa vida inteira caminhando
Com meus cabelos soltos esvoaçados... A provocar os ventos
Deste inverno gelado!

O que esperei durante tanto tempo?
Eu levava nos meus olhos a esperança luminosa
De um palato azul longínquo...
E o deslumbramento das noites estrelarias...

E nas noites de luar  me deitava
Sobre a relva de teu hipotético corpo
E assim juntava-nos numa lânguida quietação...

...meus lábios sedentos feridos
De ardentes beijos  que jamais dei...
O que eu esperava...Amar e ser amada!


... Talvez



Celina Vasques

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