quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Hoje...ao entardecer!



Neste entardecer saudosa... Escuto canções
Eu mesma as estou tocando ao piano...melancólica..

No êxodo deste sentimento que me aperta o peito
Escrevo frases... Apenas frases...
De dor outras de doçura...

Ai! Este tempo que enlaço e que passa veloz...
E ressoa em enigmáticos e solitários
Sentires...

...tenho a alma ausente de alegrias...
Arde em mim esta fragrância de sonhos arredios...
Escorrem lágrimas destes olhos tristes...

Memórias de mim... Uma poetisa triste...
Talvez...
Sou um pássaro sem asas neste lindo entardecer!

Celina Vasques II

Eu apenas... Sou mar...






Sou mar rasgando as rochas...

Sou maré errante enfurecida pelos ventos fortes
Atravessei montanhas... Vales... Serras...
Percorri em fúria magoada ...lugares...arrebatados...

 Em mim nas minhas geladas águas mergulharam dores...

....o lamento dos deuses...grandes amores..

alegrias...tristezas...enfim...


Às vezes navego em calmaria...

Em mim moram sereias encantadas...
E em mim prendi teu verde olhar...


E sou mar. sempre serei Mar..



Sou quase um sonho... Encanto os enamorados...

E deixo que a lua brilhe e ilumine as noites fazendo de mim
Um encantado!


Sou maresia de outono... Dentro do teu olhar...

Sabes meu amor... Sou uma essência fria... Talvez banal!

Hoje abro minha alma aos mais belos momentos...
Eu apenas ... Sou Mar!

Celina vasques

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A minha mal amada alma se revolta...











E decidiu dar outros rumos à minha essência...
Fazer-me caminhar por entre flores e perfumes...e muitas cores...
Deixar de caminhar em rumos incertos...
Sentir em minhas narinas aromas de saudades das rosas
Do jardim de minha infância...
E em arrepio e suspiros...
atravessar montanhas floridas de lírios fulgentes...
E abrir os braços ao vento de todas as almas
... e despi-la ...
Esta alma mal amada
quer apenas adormecer nos braços de tua alma querido e
Nunca mais ver nossos devaneios cessados!

celina vasques

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Lixão...








E no logro de aglomerados o martírio pernoita...
nos cacos de ruídos entorpecidos
e nas deficiências chamuscadas na pele dos eternos catadores...
e prosseguem ao contemplar a cor rubra do entardecer...
... e no tilintar noturno de hipotéticas canções!



celina vasques

domingo, 18 de janeiro de 2015

Voos de fantasia...





Busco-te numa estrela poética
Em estrofes... rabiscos...versos e rimas...

Convoco o vento forte...
Para que me leve nas suas asas
e nesses meus voos de fantasia
saboreio o vai e vem das marés...

E volto a sonhar e te vejo
E fico encantada...enamorada
Ao ver o sol deitar-se...

E neste entardecer
Fico a recitar poesias loucas
Com palavras cheias de paixão...

As palavras dançam...numa harmonia encenada
Nossos corpos unidos...na minha visão de ilusão!

celina vasques

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Tormentas...ventos!







Arrastam-se no murmurar secreto das tormentas
o eco dos versos recheados de anseio
que escureceram no calor distante dos corpos ausentes...
dos translúcidos afagos...
Memórias devastadas pelo tempo..
E que sempre arrasto pela vida...
Onde pernoitam fragmentos de segredos entorpecidos...
De repente ruíram os sonhos...hoje...
Deixei de ver o teu vulto desenhado em minha retina...



celina vasques

Sonhos...o que restou da vida!










( )...e eu sonhei contigo...
E te vi nas noites cálidas em frente ao mar...
Fecho os olhos e recordo-me
Em tempos idos teus doces abraços
Enquanto eu navegava mansamente pela vida...
Estive longe... Onde os anseios renascem...
e o crepúsculo se finda... Encontrei a noite...
... e uma lágrima de profunda saudade...( )


celina vasques

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

a fúria dos ventos...



 
Deixa-me envolver
no murmurar musical das ondas do mar...
e nelas num bailar de melodias
entre  seus  gemidos abandonar-me
a fúria dos ventos que me arrebatam de ti

celina vasques

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Melodia da alma...




As melodias que saem nas notas de meu piano
Foram tocadas a quatro mãos
- as minhas e as tuas –
Um solo ao piano que guardava segredos
De momentos de profunda paixão...


Estivemos assim em muitas vidas
Tu e eu em divinais momentos...
Andamos de mãos dadas
Nos bosques verdejantes por onde passamos
E nos beijamos... E nos entregamos nesta paixão em versos
E tatuamos nosso amor em nossa pele e fizemos nossa história


Ao som de sustenidos e bemóis
Canções de amor que dançávamos ao luar...


E encantados guardamos as lembranças... e ressuscitamos
E navegamos encantados pelas águas mansas dos rios...


E em nossas imagens refletidas neste espelho d’água
Podemos ver nossas almas...


Reconheces-me amor?



celina vasques

domingo, 11 de janeiro de 2015

Letárgico...

 




Eu me chamo solidão e tu te chamas saudade...
Escuto os passos do tempo...
E neste letárgico é a minha sina de poeta...

Nesta ansiedade rejeitada
levo comigo a tempestade
e na melodia dos raios e trovões.
Tu não vês a minha amargura
e esta dor verdadeira
deste sonho fragmentado queria apenas
Enganar o acaso...

celina vasques

sábado, 10 de janeiro de 2015

Saudade das lágrimas derramadas...


 


 

A saudade
Me envolveu
E permaneceu em mim,
desde o momento em que te vi...
Saudade das lágrimas derramadas...
Saudade dos suspiros
Dos ais e dos gemidos
Que imaginava escutar
No silencio da noites
Do lamento e da loucura
Da minha saudade sem fim...




celina vasques

Anseios...da alma!



 
Depois de te prender por segundos no meu olhar
ficaram longos os dias...


Quais pássaros que apenas fecham os olhos ...Mas não adormecem...
Para ficarem apreciando a beleza das noites
À espera do nascer de um novo dia...
eu desperto nas manhãs...
confusa... imperfeita...
Por ter um coração irreal... Poético...
Que se envolve no murmurar secreto das tormentas...


Tenho a contemplação de raros tempos... E ainda escuto murmúrios
De desejos antigos... Que anoiteceram na ausência do teu corpo...


E a noite entorpece...acontece...como te acorrentar a este olhar?


Na aurora fusca do dia
a mansa brisa cobre meu corpo
De penugens loiras arrepiadas e de sentires mil...
Quais respostas dos ventos a meus multíplice anseios...da alma!



celinavasques

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

É de mar...o meu coração!









 É feito de Mar o coração dos poetas...
Sonhadores...
Com olhos voltados sempre para o firmamento
à procura de encontrar outros olhos...
Talvez...
Da amada... Ou de meigos momentos...


E como saber...
Já que o amor é alguma coisa mortal...
Uma serenata de pássaro anunciando o despertar...
Com notas musicais incompletas... Inspiradas na dor do poeta!


Vem... Com teu coração ver o mar que habita no meu coração...
sentir o arrepio e o calor do sol a te queimar a pele.
Deixando-a perfumada... Apaixonada...
é um querer eterno... Jamais esquecido...


Vem rasgar este peito onde está este mar selvagem.
Ouvir o marulhar dessas ondas que batem em teu peito
numa emoção tamanha...

Vem ser feliz...

celina vasques
Leblon/21/12/2014