sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

GOTAS DE MAR...



No giro de uma brisa o mar assistiu a angústia
Dos meus devaneios
Cerrei os olhos ao meu contemplar...
Gaivotas voaram à minha volta... Mas eu não as vi!

Como voltar no tempo se o tempo não volta...
E eu permaneço sentada nesta areia tão fria...
Quisera eu poder recomeçar do nada
Guardar na memória apenas os sonhos
Aqueles sonhados nos ditosos dias...

Quanto tempo perdeu-se na minha vida!
Viajando sem barco e leme... Minha insígnia
Espada cravada no peito... A derramar sangria...
São espumas... Gotas de mar!

Ó Mar leva a amargura deste coração!
Que mal foi este que fiz a quem tanto amei
por que o rancor de um sabor amargo
penoso e gélido vestido com véu
De prolixas mágoas?

E um sopro do vento responde às minhas súplicas
Espalhando as nuvens escuras e
No horizonte um rubro sol volta a cintilar...




CELINA VASQUES





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